É tudo sobre a melhor experiência. Entender essa ideia é o primeiro passo para construir uma marca conectada ao público-alvo. Leia o artigo e saiba mais!
O que define uma marca como love brand é basicamente o sentimento que ela desperta em seu público-alvo. Essa relação fica explícita quando um consumidor deixa de escolher um produto considerando apenas funcionalidades e preço, e passa a considerar fatores como a sua identificação com uma marca e seu posicionamento de mercado.
A esse conceito de marketing estão atribuídos fatores como o engajamento dos consumidores em ações da marca, o nível de confiança, a intimidade e a fidelidade incondicional. Estabelecer essa relação é um processo complexo, mas pode ser facilitado através da aplicação correta das estratégias de branding.
Podemos entender branding como um hub de estratégias que envolve diversas áreas a fim de criar uma relação de consumo única, que resulte no engajamento real e na fidelização dos consumidores ou usuários com as marcas.
Na prática, o branding vai muito além do produto ou serviço oferecido, referindo-se a gestão das marcas e trabalhando pontos cruciais como: a personalidade da marca, a identidade visual, o tom de voz e o padrão de comunicação da marca, as estratégias de conteúdo, os canais de comunicação, e tudo mais que gerar impacto no posicionamento diante dos consumidores.
Nem tudo funciona para todos. Por isso, é muito importante entender exatamente qual a percepção do público-alvo sobre a marca para que as estratégias de branding sejam definidas e estruturadas adequadamente. Afinal, são elas que vão garantir o crescimento da marca de forma inteligente e duradoura.
Quem já entrou em uma loja da Melissa deve lembrar do aroma único da marca, presente tanto nos pontos de venda quanto nos produtos. Criada em 1979 pela empresa Grendene, no Rio Grande do Sul, essa love brand se caracteriza por investir muito na experiência sensorial, utilizando a estratégia de marketing olfativo para reforçar sua identidade.
A sustentabilidade é outro ponto que reforça a relação entre marca e consumidor. No caso da Melissa, a adoção da política de 100% plástico real, ou seja, quando não é utilizado nenhum produto de origem animal na fabricação. Isso também resulta em benefícios para a imagem da marca, que deixa de ser apenas uma fabricante de produtos de plástico para ocupar cada vez mais o coração das “melisseiras”, nome dado às fãs de Melissa.
Inspirada inicialmente nas sandálias de pescadores da Riviera Francesa, hoje a marca possui 340 lojas Clube Melissa no Brasil, além de 140 lojas exclusivas no exterior e mais de 4000 pontos de venda ao redor do mundo – resultado da consolidação das estratégias adotadas pela marca ao longo dos anos.
Os objetivos das empresas que passam a investir em branding são quase sempre os mesmos: aumentar a base de consumidores e ampliar as vendas através do engajamento e do bom relacionamento com eles.
No caso da Melissa, o hype sobre a marca é tão grande que ultrapassou gerações e a manteve no topo do seu nicho de mercado desde o início das operações. Isso porque, ao fornecer uma experiência exclusiva, ela cria uma relação única de consumo, na qual o produto deixa de ser uma sandália de plástico para tornar-se parte de algo muito maior: a vida e os momentos vividos por cada fã da marca, que vai buscar reviver esses sentimentos a cada novo lançamento.
Uma marca que se conecta ao emocional de seu público-alvo consegue estabelecer estratégias muito mais assertivas para ampliá-lo.
Quando não há diálogo, o consumidor pondera de forma simples sobre sua compra e encerra a relação de consumo após a tomada de decisão. Quando existe diálogo, é possível direcionar os esforços para as dores do público final, despertando uma relação de intimidade e pertencimento, na qual, além de consumidor, o público torna-se fã da marca e passa a compartilhá-la com sua rede de contatos, defendendo e disseminando o posicionamento dela.
A internet deu visibilidade e voz aos consumidores que, de telespectadores passivos, passaram a cocriadores ativos das marcas. Agora não é mais sobre se o consumidor compra ou não, mas sim sobre qual a sua necessidade, quais experiências ele quer viver, quais gatilhos isso desperta, etc...
Na prática, a internet diminuiu a distância entre os envolvidos em qualquer processo de relacionamento, é como se trocássemos “o cliente tem sempre razão” pelo “quais são as razões do meu cliente e como eu posso satisfazê-las?”. No fim das contas, é tudo sobre criar a melhor experiência possível.
Walter Landor, pioneiro da indústria do design, cita que “os produtos são criados nas fábricas. As marcas são criadas na mente”. Então, quando pensamos em conquistar o status de love brand, precisamos considerar quais os sentimentos que a marca está criando na mente do seu público-alvo e se esses estão alinhados às suas estratégias.
O primeiro ponto a considerar para a consolidação de uma love brand é o fator experiência. É preciso cuidar de todos os detalhes em cada ponto de contato para tornar a jornada do consumidor o mais fantástica possível - sempre, é claro, buscando resolver os problemas e as dores do mesmo.
A emoção pode se tornar um fator decisivo para a compra. Uma love brand mantém um posicionamento leve e descontraído, sempre buscando fazer as pessoas felizes e satisfazer as dores do seu público.
Não adianta conquistar o público e não o manter. Para figurar entre as love brands, é preciso entender a transformação das dores do consumidor final e aplicar constantemente as melhores estratégias para fidelizá-lo, seja criando produtos e serviços, inovando no atendimento ou na comunicação e nos pontos de venda, desde que fortalecendo sempre a relação de consumo para além da compra.
Conexão gera sentimento e sentimento gera relação. Uma marca com propósitos bem estruturados, pode estabelecer no público-alvo a sensação de identificação pessoal, de crenças e valores, como se compartilhassem a visão de mundo.
Quando a marca conquista a confiança e a lealdade do consumidor, passa a contar com ele como um meio de disseminar os seus propósitos. A relação nesses casos pode se tornar tão forte, que o consumidor passará a defender a marca sob qualquer circunstância.
Com uma estratégia assertiva de branding, é possível que uma marca se torne uma love brand, independentemente do seu tamanho ou segmento de atuação. Criar uma identidade coerente e estabelecer quais serão as estratégias adequadas ao público-alvo é o primeiro passo para se tornar um case de sucesso, conquistando e ampliando seu espaço na mente e no coração dos consumidores.
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