Conheça a história de quatro mulheres que conquistaram destaque no mercado fashion sem deixar de exercer a maternidade. Continue a leitura.

A indústria da moda está em constante transformação. Coleções podem mudar a cada estação, mas grandes referências permanecem. No mês em que se comemora o Dia das Mães, você vai descobrir quatro profissionais que se destacam no universo fashion ao mesmo tempo em que desempenham a maternidade: Elsa Schiaparelli, Diane von Furstenberg, Miuccia Prada e Naomi Campbell.

Cada uma delas deixou uma marca única na área, influenciando o design, a inovação e a cultura fashion. Continue a leitura para saber mais a respeito da trajetória dessas mulheres inspiradoras e o impacto de seus trabalhos na indústria.

Elsa Schiaparelli: a visionária que uniu moda e arte

Em 1914, Elsa conheceu o conde William de Wendt de Kerlor em uma palestra sobre teosofia, com quem se casou e mudou para Nova Yorque, nos EUA. Anos mais tarde, o casal teve Maria Luisa Yvonne Radha Schiaparelli, conhecida como Gogo. Com o fim do casamento, mudou-se para a França com a filha, à procura de novas oportunidades.

Ousada e inovadora, sua trajetória é marcada pelo pioneirismo em diversos aspectos.

A estilista italiana lançou sua marca de roupas em 1927, e, no ano seguinte, abriu sua primeira boutique, a Pour le Sport. Aos poucos, conquistou espaço e, em 1934, foi a primeira estilista a estrelar a capa da Time Magazine.

Em sua carreira na indústria da moda, obteve destaque ao incorporar elementos do surrealismo nas peças, transformando roupas em obras de arte. Por isso, realizou diversas parcerias com artistas, como Salvador Dalí e Jean Cocteau. Um dos resultados mais memoráveis foi o vestido-esqueleto em parceria com Dalí.

Uma das maiores contribuições de Elsa Schiaparelli para a moda e a arte é a criação do tom rosa-choque, desenvolvido para o frasco do perfume Shocking, em 1937. Mesmo que a tonalidade tenha demorado a ser popularizada devido ao contexto histórico pós-Primeira Guerra Mundial, a inovação da estilista abriu portas para a utilização do tom.

Diane von Furstenberg e a peça coringa aos guarda-roupas femininos

A elegância e a feminilidade são marca registrada nas criações de Diane von Furstenberg, mãe de Alexander e Tatiana von Fürstenberg que atuam com finanças e audiovisual, respectivamente. Sem dúvida, a criação que consagrou-a como estilista foi o vestido envelope, em 1974. A peça se popularizou por valorizar diferentes biotipos corporais femininos, sendo até hoje uma peça-chave no guarda-roupas de muitas mulheres.

Em 1983, fez uma pausa nos negócios relacionados à moda, retomando 14 anos depois ao notar que o wrap dress estava encantando uma nova geração de mulheres. Aqui, tornou-se um verdadeiro ícone no mercado fashion, caracterizando sua marca com a criação de estampas coloridas e diversas.

Aliada à causa feminista, em 2010 lançou a primeira edição do DVF Awards, que homenageia mulheres que demonstrem liderança, coragem e força em suas áreas de atuação. Como consequência à sua trajetória profissional, em 2015 Diane figurou a lista de pessoas mais influentes do mundo da revista TIME.

Atualmente, em uma visão de democratização da sua marca pessoal, realizou parcerias com as marcas C&A e H&M, fazendo com que suas criações sejam oferecidas para um público mais amplo.

Miuccia Prada: a chave para a revolução de uma marca

Em 1985, Miuccia Prada herdou a empresa criada por seu avô, Mario Prada, em 1913. A partir de então, uma série de criações chegou aos consumidores para posicionar a Prada de forma definitiva no mercado de luxo. Afinal, antes de assumir a liderança da marca, a Prada trabalhava apenas com acessórios e artigos em couro.

No comando, Miuccia analisou que os consumidores estavam em busca de peças práticas e de qualidade, e iniciou uma série de implementações para oferecer um diferencial do que estava sendo feito na indústria. As mudanças que trouxe para a marca tiveram início com o lançamento das mochilas de nylon pocono, que ofereciam praticidade, resistência e beleza. 

A partir disso, iniciou o processo de ampliação dos produtos oferecidos pela Prada. Lançou a primeira coleção de sapatos em 1979, e de roupas em 1988. Expandiu a marca para grandes conglomerados mundiais, como Nova Yorque, Londres, Paris e Tóquio. Mais tarde, para oferecer roupas de luxo de forma mais acessível, fundou a marca Miu Miu – que recebe este nome em homenagem ao seu apelido de infância.

Interessada em causas sociais, a mãe de Lorenzo e Giulio Bertelli criou a Fondazione Prada, em 1993, com o objetivo de fortalecer e valorizar a arte. Além de ser um grande centro de exposições de arte contemporânea, o local é palco de desfiles da marca. Também é considerada a 75ª mulher mais poderosa do mundo pela Forbes e é uma das 30 mulheres mais poderosas da Europa, de acordo com o Wall Street Journal.

Desde 2021, o filho mais velho, Lorenzo, atua como diretor-executivo da empresa, acompanhando a tradição de negócios da família.  

Naomi Campbell: um símbolo de representatividade na moda

Mesmo sendo um nome frequentemente envolvido em polêmicas, é inegável que Naomi Campbell tem um papel fundamental na história da moda. Iniciou sua carreira como modelo aos 15 anos, mas sua primeira experiência profissional foi aos 8 anos, quando estreou no mundo das artes, atuando no clipe da música Is This Love, de Bob Marley.

Como modelo, abriu o caminho para que outras mulheres negras pudessem crescer nessa profissão.  Em 1986, estrelou a capa da Elle, enquanto em 1988, foi a primeira mulher negra a estampar a capa da Vogue Paris. No ano seguinte, obteve o mesmo espaço na Vogue norte-americana.

Ao todo, apareceu em mais de 500 capas de revistas, mas sua carreira não é limitada apenas às passarelas e às sessões de fotos. Naomi também tem experiência como atriz, cantora, escritora, mergulhadora profissional, apresentadora e investidora, além de ter lançado mais de 20 perfumes desde os anos 1990.

Quanto à maternidade, é uma figura discreta. Tornou-se mãe de uma menina em 2021, e desde então se empenha na missão de preservar a privacidade da filha. Em março de 2022, as duas foram capa da Vogue britânica. Mesmo sendo o assunto da matéria principal da edição, Naomi não revelou o nome da menina à imprensa. 

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