Pesquisa revela hábitos e preferências que você precisa entender para atuar em uma das áreas de maior receita no mercado de entretenimento
Há 10 anos, a Pesquisa Game Brasil estuda os hábitos de consumo dos gamers brasileiros. Na edição de 2023, foram entrevistadas 14.825 pessoas, abrangendo todos os estados do país. Os dados obtidos pela pesquisa ajudam a entender o público de uma das áreas mais promissoras do mundo: os jogos digitais. Continue a leitura para acompanhar os principais insights extraídos do relatório mais recente.
Os resultados da última edição da pesquisa evidenciam que 70,1% dos participantes possuem o hábito de consumir jogos eletrônicos. Na última década, a utilização de jogos digitais em smartphones amplificou a presença feminina nesse contexto, sendo que hoje 53,8% dos jogadores são homens e 46,2% mulheres.
A faixa etária dos jogadores é ampla, atingindo o público de 20 a 39 anos. O que varia, nesse caso, é a plataforma escolhida para os jogos. O público até 19 anos prefere jogar em smartphones, enquanto a geração de 25 a 39 anos opta por videogames. Quanto à raça e cor, 42,2% se autodeclaram brancos, seguido por 41,4% autodeclarados pardos. A classe social que concentra mais jogadores é a B2, que possui renda familiar entre R$ 5.755,23 e R$ 10.361,48.
Além disso, 20,8% dos participantes da pesquisa declararam possuir algum tipo de deficiência, refletindo em 29,7% do público utilizar pelo menos uma função de acessibilidade nos jogos.
Analisar aspectos da rotina dos jogadores também é interessante por ajudar na compreensão de como fatores culturais e sociais podem impactar escolhas no consumo de jogos digitais.
O fato de muitos jogos oferecidos de forma digital serem pagos ou oferecerem opções de compra dentro da plataforma impacta no número de gamers que possui pelo menos um cartão de crédito – 81,2%, valor que cresceu mais de 2 pontos percentuais em relação a 2022.
Quanto ao metaverso, 78,7% dos jogadores conhecem o espaço virtual. Os entrevistados demonstraram interesse em participar de eventos como shows de música (51,7%) e exibição de filmes (58,2%) dentro deste universo.
Para além dos jogos digitais, a pesquisa também coletou dados comportamentais que auxiliam na compreensão deste público. Para assistir filmes e séries, 80,2% da amostra tem o costume de acessar a Netflix, sendo que 72,2% destaca que ficar em casa é a melhor diversão possível.
Entender as características do consumo dos jogadores dentro dos ambientes de jogos digitais auxilia o mapeamento de tendências e fatores com maior relevância para o mercado.
Ser um gamer é muito mais do que consumir jogos eletrônicos. É uma questão cultural que envolve a construção da identidade de um indivíduo. Em 2016, apenas 11% dos entrevistados relataram se identificar com a cultura gamer. Neste ano, o número aumentou para 46,6%. A pesquisa destaca que quanto menor a idade e maior a classe social, maior a tendência de que a pessoa se identifique desta forma. Dentre as características mais fortes relacionadas ao título, a pesquisa mostra que os gamers são vistos como pessoas que sabem tudo sobre jogos digitais e possuem a atividade de jogar como principal forma de entretenimento.
O crescimento do mercado de jogos digitais para celulares refletiu diretamente na preferência das plataformas dos usuários. O número de gamers que preferem jogos em smartphones foi de 32% em 2015 para 51,7% em 2023. Os videogames de console aparecem como segunda plataforma favorita, sendo preferência de 20,5% dos usuários, e jogos de computador aparecem na sequência, sendo escolhidos por 19,4% do público. A facilidade dos dispositivos móveis faz com que os usuários que preferem essas plataformas frequentem mais esses espaços, com 30,5% jogando todos os dias. A frequência diminui para pelo menos uma vez por semana para os gamers que preferem consoles (17,7%) e computador (18,3%).
Quanto ao público que joga através de smartphones, as mulheres são a maioria, representando 56,7% de quem opta por dispositivos móveis. A pesquisa também evidenciou a importância da utilização de anúncios publicitários para jogos mobile: 60% dos entrevistados que preferem jogar via celular dizem que já realizaram o download de pelo menos um jogo ao verem uma propaganda dentro de outro jogo.
Já o público que prefere utilizar consoles para jogar é 70,7% masculino. Os Hardcore Gamers – consumidores mais ávidos da categoria – estão presentes nesta classificação com mais força. Para explicar esta preferência, os jogadores destacam a jogabilidade como principal vantagem, assim como a qualidade da imagem.
O computador também é uma plataforma de jogos popular entre os gamers brasileiros. Dos que preferem a ferramenta, 71,5% são homens, e o público é majoritariamente formado por jovens adultos com idade entre 20 e 24 anos (20,6%). Os jogadores destacam a qualidade dos gráficos e de imagem como o principal atributo para explicar a preferência.
Os jogos via desktop também influenciaram no crescimento dos eSports, uma nova experiência de consumo e relação com games. Além do público que se envolve com eSports participando ativamente de campeonatos, também há uma audiência que acompanha essas competições assistindo e consumindo conteúdos relacionados. Dos jogadores que participaram da pesquisa, 48,8% declarou que joga ou pratica eSports, enquanto 63,8% relata que acompanha e assiste aos campeonatos e partidas.
O consumo relacionado ao segmento também se expande para outras áreas. 37,6% dos entrevistados compraram pelo menos um item de vestuário relacionado a jogos digitais em 2022.
Quanto à carreira profissional, 58,3% dos participantes da entrevista acredita que o setor de games no Brasil oferece boas condições e oportunidades de trabalho. Dentre as profissões do ramo com maior expectativa de carreira, os entrevistados destacaram a atuação com criação e streaming de conteúdo; publicação e marketing; e programação de jogos digitais. Em contrapartida, as piores percepções de carreira envolvem narrativas, histórias ou redação; arquitetura de informação, interface ou experiência do usuário; e level design (design de fases).
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