A transformação digital mudou os hábitos de consumo da informação, mas as emissoras de rádio AM e FM resistem ao tempo enquanto se moldam aos novos canais de conteúdo.
Mesmo diante de um cenário cada vez mais focado no que acontece online, o Ministério das Comunicações do Governo Federal estima que, após 100 anos da criação do rádio, ainda estejam ativas mais de 10 mil emissoras no Brasil, entre fontes de informação e entretenimento.
O processo de adaptação aos canais de conteúdo digital não implica no fim das rádios como conhecemos hoje, mas sim em uma ampliação do seu alcance através de novos formatos e plataformas.
Um aparelho de rádio pode ser analógico ou digital, o que significa que mesmo em regiões onde não há acesso à energia elétrica, é possível acompanhar programas de música, noticiários, jogos de futebol e tudo mais que estiver acontecendo nas estações AM e FM Brasil afora.
Essa informação justifica um número muito importante: estima-se que 80% dos brasileiros ainda preservam o hábito de ouvir alguma rádio. Conforme estudo da Kantar IBOPE Media, 3 a cada 5 brasileiros, nesse universo de 80%, acompanham suas estações preferidas diariamente.
Com a ascensão de novos formatos de conteúdo, impulsionada pela aceleração da digitalização dos sistemas, a qual fomos submetidos, principalmente, entre 2020 e 2021, as emissoras de rádio brasileiras precisaram se adaptar rapidamente a um cenário completamente diferente.
O rádio não se resume mais às frequências AM/FM. Hoje, algumas emissoras possuem seus próprios canais no YouTube, investem em transmissões ao vivo dos estúdios, produzem programas exclusivos para as plataformas digitais, conteúdos interativos e muito mais.
A ampliação das possibilidades de formatos para impactar o público também aumenta as oportunidades para marcas e anunciantes. Em estudo da Inside Radio, os comerciais que surgem entre os programas e as músicas foram apontados como formato que mais capta a atenção dos ouvintes (50%), seguido de promoções durante a programação habitual das emissoras de rádio (28%).
A aceleração da transformação digital criou novos nichos a serem explorados por esse mercado, seja através de anúncios ou mesmo da captação de públicos totalmente novos.
Para além da música, os podcasts também ganharam muitos adeptos e seguem conquistando espaço entre os ouvintes. Isso porque, diferente da programação habitual de uma rádio, nas plataformas de streaming é possível escolher o melhor horário para consumir os programas de sua preferência.
No âmbito educacional, inclusive, os podcasts podem ser utilizados como forma de corroborar com o conteúdo, como é o caso da Pós Digital FAAP, onde você conta com materiais em diferentes formatos para transformar a sua experiência educacional.
Mas, como na era digital o apoio visual tem um poder importantíssimo, até mesmo os podcasts ganharam versões com transmissões ao vivo, em formato de lives, feitas diretamente do estúdio de gravação e permitindo, inclusive, interações em tempo real com a audiência. O formato, que já era comum para lives de games e entretenimento, agora atinge também o ambiente jornalístico.
As maiores emissoras de rádio e TV do Brasil, hoje contam com programas totalmente online, podcasts exclusivos e conteúdos que ultrapassam as telas e as ondas sonoras, ampliando a disseminação da informação e mantendo o público atualizado para além das transmissões fixas diárias.
Com o ouvinte desejando ter cada vez mais autonomia sobre a programação, ganham as rádios que estão atentas às transformações digitais. Até porque, em meio ao excesso de informações a qual somos submetidos todos os dias, destaca-se quem é mais visto e proporciona acesso facilitado ao conteúdo que realmente importa para os ouvintes – e estar nos ambientes digitais é essencial neste cenário.
O comportamento de consumo da informação mudou e você, como profissional, também precisa se adaptar. Desenvolva novos olhares com a Pós-graduação em Jornalismo: Comunicação e a nova ordem informacional. Chico Pinheiro e outros grandes nomes do jornalismo esperam por você!